sábado, 5 de fevereiro de 2011

Cancro do pénis

É uma doença maligna relativamente rara. A causa da doença é desconhecida, mas há uma grande relação entre o seu aparecimento e muitos anos de hábito pouco higiénicos. Os homens circuncidados são menos susceptíveis que os outros – embora, se praticar uma higiene bem conduzida, corra pouco risco de ter a doença. Esta é mais comum nos idosos.

Quais são os sintomas?
O principal sintoma é uma zona dolorosa, uma úlcera ou um nódulo tipo verruga, que lentamente invade a pele do pénis e atinge os tecidos profundos. Se não for tratado, o tumor maligno metastizará (disseminar-se-á por outras partes do corpo, na maioria das vezes através do sistema linfático ou do sangue). O cancro do pénis tende a disseminar-se, em primeiro lugar, para os gânglios linfáticos da virilha, causando a sua tumefacção.

O que se deve fazer?
Se tem uma ferida que liberta pus ou qualquer tipo de tumor no pénis, consulte o médico, que provavelmente pedirá uma biopsia para exame laboratorial antes de fazer o diagnóstico da existência de cancro em vez de sífilis ou simplesmente de inócuos condilomas.
Quando o cancro do pénis é detectado numa fase precoce, é quase sempre curável por radioterapia. Apenas em casos de detecção tardia e, depois, negligenciados se torna necessária a operação.

Transcrito e editado para o blog por Eunice Tomé 

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Diferenciação Celular

As células de um organismo, que provieram da célula-ovo por divisões mitóticas sucessivas, contêm, no seu núcleo, exactamente os mesmos cromossomas e, por isso, a mesma informação genética. Contudo, verifica-se que as células constituem tecidos e órgãos muito diversos, onde assumem formas e funções completamente diferentes.

No corpo humano, por exemplo, calcula-se que existam mais de 200 tipos de células diferentes. As diferentes combinações dessas células especializadas levam à formação de estruturas complexas, como o olho, a mão ou o cérebro, que desempenham funções também complexas.
Por exemplo, associado à visão e num mesmo indivíduo, podemos encontrar-se células que estão especializadas na captação da luz ao nível da retina, enquanto outras, no cérebro, fazem a identificação da imagem. Por outro lado, terá necessariamente de haver células que transportam o oxigénio para a vida de cada uma das células e outras que armazenam substâncias de reserva, como a gordura. Todas as células, porém, pertencem ao mesmo indivíduo e receberam o mesmo património genético.
De igual modo, as plantas e em cada indivíduo há uma imensa diversidade de células especializadas em diferentes funções, apesar de possuírem o mesmo património genético.
Ao longo do desenvolvimento de um indivíduo ocorre, em regra, um conjunto de processos através dos quais células geneticamente idênticas se especializam no sentido de desempenharem uma ou várias funções. Esta especialização bioquímica e morfológica, chamada diferenciação celular, acarreta alterações não só ao nível da função, mas também da composição e da estrutura das células.
Calcula-se que cada célula diferenciada possua, num determinado momento, apenas 5% a 10% do seu DNA activo.
Pode, então, perguntar-se se a restante informação genética se altere e, portanto, se se perdeu de forma irreversível ou se está simplesmente “adormecida” por inibições de vária ordem.
A primeira hipótese que os biológicos colocaram foi que cada grupo de células perdia parte dos seus genes, retendo apenas aqueles que eram funcionais num determinado órgão.
Numerosas experiências desenvolvidas, a partir de 1950, mostraram-se cruciais no esclarecimento desta hipótese.
Em 1950, J.Steward, trabalhando com cenouras, obteve plantas completas a partir de células diferenciadas da raiz. Estavam dados os primeiros passos da clonagem, que inclui um conjunto de procedimentos e técnicas através das quais se podem obter clones. Os clones podem ser definidos ao nível dos genes, das células ou mesmo dos indivíduos. Trata-se, respectivamente, de um conjunto de genes, de células ou de indivíduos multicelulares, geneticamente idênticos entre si e que são todos descendentes de um único ancestral (gene, célula ou individuo). No caso das cenouras, as células diferenciadas que se obtém por divisão a partir das células iniciais, ao serem removidas do seu local original e em condições apropriadas, podem originar um grande número de organismos iguais entre si e ao seu único progenitor inicial.
Também Robert Briggs e seus colaboradores transportando núcleos de células especializadas de um girino para óvulos cujo núcleo tinha sido destruído, conseguiram obter girinos.
A partir dos resultados apresentados, verifica-se que, em determinadas circunstâncias, as células diferenciadas podem perder a sua especialização, transformando-se em células indiferenciadas. Estas células readquirem a capacidade de originar um indivíduo completo e dizem-se totipotentes, uma vez que conservam todas as potencialidades genéticas do núcleo inicial. Pode, assim, concluir-se que as células diferenciadas conservam todo o seu DNA, embora apenas uma pequena parte desse DNA esteja activa.
Actualmente, uma área de investigação de grande interesse procura, a partir de células totopolentes, obter, não indivíduos completos, mas sim tecidos e órgãos específicos.
Nestas manipulações, ao mesmo tempo que se amplia a compreensão da especialização celular, obtêm-se tecidos que podem ser usados no tratamento de doenças, como, por exemplo, a diabetes e a doença de Parkinson. Há basicamente duas formas de proceder nesta linha terapêutica. Uma consiste em utilizar células totipotentes dos embriões, chamadas células estaminais embrionárias ou células-tronco embrionárias. Estas são separadas e cada uma é submetida a um tratamento que permite o desenvolvimento dos tecidos pretendidos.
Um outro processo, que levanta menos problemas éticos, consiste em utilizar células estaminais presentes em alguns órgãos dos indivíduos adultos, como a pele e medula óssea, ou o cordão umbilical dos recém-nascidos, e provocar a sua diferenciação nos tecidos que se pretendem.
Face a todos estes dados, é previsível que a célula tenha rigorosos mecanismos de regulação capazes de assegurar que num determinado momento da vida determinados genes estejam activos e outros não.
Na verdade, embora todas as células de um mesmo indivíduo possuam o mesmo património hereditário, os genes que estão em actividade nos diferentes tecidos podem não ser os mesmos. Deste facto resultam as diferenças verificadas de tecido para tecido.  
As alterações que se verificam de uma célula para outra depende da forma como o DNA se expressa. Se, por exemplo, no caso humano, determinadas células do pâncreas produzem insulina e as hemácias possuem hemoglobina que transporta oxigénio, é porque há genes activos em cada um destes tipos de células que são diferentes, embora ambas as células possuam os mesmos genes, de facto, uma porção significativa de genes tem como função controlar a actividade de outros genes, mantendo apenas activos genes cuja acção proporciona condições vitais para a célula e lhe conferem funções específicas.
Estes mecanismos de reguação são um assunto que tem sido alvo de intensas investigaç~oes, algumas delas já premiadas com o Nobel da Medicina. Os mecanismos de regulação não esta ainda totalmente esclarecidos, sobretudo ao nível dos eucariontes, embora se admita que o controlo ocorra em diferentes níveis da expressividade do DNA e com intervenção de moléculas do ambiente celular.
   O controlo da expressividade dos genes pode fazer-se a vários níveis, quer ao nível da transcrição, quer ao nível da tradução, e é influenciado por elementos provenientes do ambiente. Vejamos o caso, por exemplo, das metaplastias. As metaplasias são mudanças reversíveis num determinado tipo de células que são substituídas por células de outro tipo. Por exemplo, as células que revestem as paredes da traqueia e dos brônquios têm uma forma colunar e apresentam cílios à superfície. Nos fumadores, essas células vão sendo substituídas por outras desprovidas de cílios e com forma paralelepipédicas. Provavelmente, este tipo de tecido resiste melhor às agressões causadas pelo fumo; contudo, perdem-se importantes mecanismos de defesa, como o muco e os cílios existentes nas células, que ajudam a eliminar elementos prejudiciais transportados pelo ar.
Também no refluxo gástrico crónico, as células que revestem a porção inferior do esófago, devido à agressão constante do ácido proveniente do estômago, podem experimentar alterações, passam a apresentar as características das células que revestem o estômago ou mesmo no intestino.
Admite-se que alguns medicamentos ingeridos por mulheres grávidas possam também afectar a diferenciação celular, conduzindo ao aparecimento de malformações no feto.
Os elementos provenientes do ambiente activam a expressividade de determinados genes em detrimento de outros, alterando, assim, o tipo de células e a sua função.

Adaptado e editado para o blog por Mark Simões

O que é o cancro?

Por Eunice Tomé 

Tumor do fígado


Tal como os tumores noutros pontos do organismo, os do fígado podem ser também benignos ou malignos. Os tumores benignos são muito raros, sendo em geral descobertos no decorrer de um exame médico de rotina ou através de testes relacionados com qualquer outro problema. Se se tornarem de grandes dimensões e se fragmentarem, podem provocar uma situação denominada “abdómen agudo”. Os tumores benignos do fígado são geralmente extraídos mal são descobertos.
Existem dois tipos de tumores malignos (cancerosos). A maioria são metástases, tumores originados de outros, com localização em qualquer outra zona do organismo e que se difundiram através da corrente sanguínea para o fígado. Cerca de um terço de todos os cancros que iniciaram a metastização invadem o fígado deste modo, e em alguns casos são os sintomas do cancro secundário do fígado que chamam a atenção para um tumor canceroso primário, situado em qualquer outra parte. O cancro pode começar no fígado (cancro primário do fígado) mas, tal como os tumores benignos deste órgão, é na realidade muito raro.

Quais são os sintomas?
No tumor secundário do fígado podem manifestar-se sintomas do cancro primário, por vezes já a receber tratamento. À medida que progride, provoca perda de peso e de apetite, indigestão, desconforto abdominal e mau estado geral. Aparece com frequência icterícia.

O que se deve fazer?
Deve comunicar ao seu médico, se referir os sintomas acima descritos (consulte sempre o médico se tiver icterícia).

Qual o tratamento?
Infelizmente, as perspectivas são más se o cancro atingiu o fígado, quer seja secundário quer primário. Em alguns casos, medicamentos citotóxicos ajudam a travar o avanço da doença.
Transcrito e editado para o blog por Eunice Tomé 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Tumores da bexiga

Os tumores da bexiga, tais como os de muitas zonas do corpo, podem ser benignos ou malignos. Ambos os tipos sem originam a partir das células do tecido de revestimento da bexiga, formando-se em geral um tumor (ou, em alguns casos, mais do que um) que se projecta para o interior do órgão, no espaço ocupado pela urina. Além disso, os tumores malignos (cancerosos) invadem as paredes da bexiga, podendo disseminar-se para outras partes do corpo. Se qualquer um dos tipos tumorais surgir próximo da zona onde o uréter entra na bexiga, pode obstruir o fluxo urinário proveniente do rim, o que provoca o aumento de volume deste órgão devido à acumulação de urina (situação conhecida por “hidronefrose”). Isto lesa o rim, tornando-o susceptível às infecções.

Quais são os sintomas?
O sintoma característico de um tumor da bexiga é a existência de sangue na urina (hematúria). Normalmente a micção não é dolorosa, mas pode haver sensação de ardor; o paciente costuma eliminar um pequeno volume de urina, mas com micções muito frequentes. No caso de estar presente hidronefrose, pode sentir dor na região lombar. Com a existência de um tumor na bexiga a torna especialmente susceptível às infecções, são comuns os sintomas de cistite.

Quais os riscos?
Todos os tumores benignos, e muitos dos malignos com pequenas dimensões, respondem bem ao tratamento. Por vezes, contudo, as células cancerosas invadem (metastizam) outras zonas do organismo e, se isto sucedeu, as perspectivas de tratamento eficaz são muito menores.

O que se deve fazer?
Consulte sempre o médico, no caso de notar a presença de sangue na urina. O médico pedirá a colheita de urina e amostras se sangue para análise e, de acordo com os resultados, pedirá exames complementares, como uma cistoscopia e uma pielografia endovenosa (PEV), ou uma cistografia. Se for detectado um tumor, proceder-se-á à colheita de uma pequena amostra dele através de uma biopsia, cujo objectivo é determinar se se trata de um tumor benigno ou maligno.

Qual o tratamento?
O tratamento habitual para todos os tumores da bexiga consiste na sua destruição pelo calor, com uma sonda especial agregada a um cistoscópio (um processo conhecido por “fulguração”).
O cirurgião visualiza a bexiga através do cistoscópio e manipula a sonda, destruindo as células tumorais. Normalmente, assim, erradica-se o tumor, mas ulteriormente terá que submeter-se a exames de controle semestrais durante pelo menos três anos, para assegurar que não há recidiva.
Se o tumor atinge uma área extensa da bexiga, pode ser necessário recorrer a cirurgia abdominal. Nos casos graves, será eliminada a totalidade da bexiga, ligando-se neste caso os ureteres a uma abertura na parede abdominal, realizada especialmente com esta finalidade. Deste modo, a urina flui para um saco (uma “bexiga externa”), o qual deverá ser esvaziado mais ou menos todos os dias. As técnicas actuais tornaram este método seguro, eficaz e prático. Após a operação, faz-se radioterapia, para destruir quaisquer células anormais residuais.

A maioria dos tumores da bexiga têm aspecto arborescente, parecendo-se com uma couve-flor projectando-se na parede interna da bexiga.
Transcrito e editado para o blog por Eunice Tomé 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Não é contagioso nem transmissível

O tumor canceroso não é contagioso, com efeito, não há conhecimento de que esta doença tenha sido transmitida de uma pessoa para outra. Em experiencias laboratoriais, os cientistas já conseguiram transmitir tumores e cancros entre animais. No entanto, os médicos, patologistas, enfermeiras e outras pessoas que lidam diariamente com o tumor maligno humano jamais o contraíram. Por conseguinte, não existe qualquer perigo em se visitar, contactar ou tratar alguma pessoa que sofra desta doença.
Transcrito e editado para o blog por Eunice Tomé 

Domínio do tumor maligno

Para despistar, evitar e combater esta grave doença, todas as pessoas devem tomar as seguintes providências:
1.        Submeter-se a exames clínicos periódicos. Metade dos tumores cancerosos localiza-se em regiões do corpo facilmente observáveis, pelo que o exame médico pode permitir o seu diagnóstico precoce;
2.        Evitar irritações e repetidos traumatismos dos tecidos cutâneos que possam criar condições favoráveis a uma evolução maligna;
3.        Aprender a identificar quaisquer sinais e sintomas de tumor nas várias regiões do corpo, de acordo com as informações e métodos anteriormente referidos;
4.        Em caso de suspeita, não comparar sintomas e não aceitar nem dar qualquer conselho que não seja o de recorrer ao médico;
5.        Na hipótese anterior, consultar urgentemente o médico assistente ou, na sua ausência, dirigir-se imediatamente a uma instituição especialmente dedicada à assistência e este tipo de doença.
Transcrito e editado para o blog por Eunice Tomé 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

7ª Curiosidade do Sistema Humano


EVOLUÇÃO

Os cérebros evoluíram para permitir a reacção dos animais às alterações ambientais. A evolução do cérebro humano até à complexidade actual atravessou várias fases, muitas das quais são comuns a todos os animais. As suas origens podem ser observadas em cérebros de outras espécies, que conservam as estruturas mais primitivas.
Evolução do cérebro invertebrado
Todos os animais para sobreviverem, têm de reagir às alterações no seu ambiente interno e externo. Para isso, desenvolveram células sensíveis aos estímulos como a luz e as vibrações. As células sensoriais estão, por sua vez, ligadas a outras células que podem mover o organismo ou alternar o seu estado como reacção aos estímulos. Este sistema de tecido nervoso interligado é uma forma grosseira de cérebro. Nos invertebrados, como as minhocas, o sistema nervoso está distribuído pelo corpo da criatura, como uma rede mole de fibras reactivas. Algumas destas redes contêm pequenas massas de nervos, chamados gânglios. Estes são os predecessores das estruturas que, em algumas espécies, se tornaram o sistema nervoso central do cérebro.
O sistema nervoso primitivo
O sistema mais simples, como se pode ver nessa cidra (um invertebrado aquático minúsculo), consiste numa rede de células sensoriais com massas de células interligadas denominadas gânglios.
O cérebro da minhoca
A minhoca tem um cérebro grosseiro, o gânglio cerebral que está ligado à raiz de tecido nervoso (a raiz do nervo ventral) que percorre o comprimento do seu corpo. As fibras nervosas formam a extensão da raiz até cada segmento, assim a contracção muscular ao longo do corpo pode ser coordenada para produzir movimento como reacção a estímulos.
Cérebros de mamíferos
O cérebro de um mamífero compreende um aglomerado de estruturas que evoluíram a partir do cérebro básico do vertebrado, conhecido por sistema límbico, e encolheu cobrindo o córtex, que está ligado às estruturas límbicas por baixo. O sistema límbico é a parte do cérebro que produz as emoções. Estas são reacções aos estímulos que ultrapassam as reacções básicas de “agarrar” ou “evitar” no cérebro do vertebrado, e produzem acções subtis e complexas que nem sempre são previsíveis. O sistema límbico contém também estruturas que codificam experiencias como memorias, para serem lembradas e usadas como referência para acções futuras. As faculdades emocionais e de memorias aumentam grandemente com a gama e a complexidade do comportamento que um mamífero apresenta, porque não é simplesmente regido pelo instinto.
Tamanho e forma do cérebro
Um aspecto surpreendente da evolução do cérebro dos mamíferos é o desenvolvimento d córtex. Esta camada exterior evoluiu para suprir as necessidades específicas de cada espécie e por isso varia drasticamente de um animal para o outro. Comparados com outros mamíferos, animais como os humanos, os elefantes e os golfinhos têm um córtex desproporcionalmente grande.
Cérebros dos hominídeos
Os cérebros dos hominídeos (os humanos modernos e os seus antepassados) sofreram um impulso de alterações evolutivas que os tornaram, em alguns aspectos, completamente diferentes dos seus parentes próximos, como os chimpanzés e os gorilas. A principal diferença entre o cérebro humano e o dos outros mamíferos é o tamanho e a densidade do córtex e especialmente o lobo frontal, que é responsável pelo raciocínio complexo, o julgamento consciente e a auto-reflexão. Ninguém sabe porque evoluiu o cérebro humano assim – pode estar relacionado com alguma alteração na dieta provocada pelo ambiente, ou pelo facto de viver em grupos que dependem duma interdependência próxima para sobreviverem.
Evolução do cérebro vertebrado
Ao longo da evolução, o cérebro sofreu alterações consideráveis. Comparado com o sistema nervoso primitivo dos invertebrados, o cérebro dos vertebrados é um órgão bem desenvolvimento e altamente interligado. O sistema nervoso central está ligado a resto do corpo através do sistema nervoso periférico que inclui as fibras que funcionam para e a partir dos órgãos sensoriais. O cérebro vertebrado básico – por vezes referido como “cérebro reptiliano” – corresponde ao aglomerado dos núcleos imediatamente acima do tronco cerebral nos humanos. Incluem módulos que produzem excitação, sensação e reacção aos estímulos. No entanto, é pouco provável que só estes núcleos sejam suficientes para produzir consciência. Este cérebro vertebrado básico não inclui ou o córtex cerebral, que existem apenas nos cérebros dos mamíferos.
Adaptado e editado para o blog por Mark Simões

Avanços no combate ao cancro da mama

Caso a caso
A Iris Bio Technologies está a construir uma gigantesca base de dados para ajudar as mulheres a descobrirem qual o melhor tratamento com os menores efeitos secundários. Sediada em Santa Clara, Califórnia, esta companhia está a pedir a pacientes com cancro da mama e a mulheres saudáveis para completarem um questionário que inclui o historial médico familiar e detalhes do estilo de vida. A empresa está também a criar ficheiros genéticos a partir de tecidos humanos enviados por médicos. Dessa forma, pode desenhar um tratamento à medida de cada caso, comparando-o com outros casos semelhantes em que houve sucesso no combate à doença. Ainda não se sabe se as companhias de seguro cobrirão as despesas com estes planos. Disponível: já no mercado. 

Vacina personalizada
Doentes que sobreviveram ao cancro da mama, mas que não reagiram ao medicamento Herceptin, podem ter em breve uma nova arma: a vacina NeuVax. De acordo com investigadores do Broke Army Medical Center, no Texas, EUA, a vacina torna o sistema imunitário mais resistente usando HER-2/neu, uma proteína encontrada na maioria das pacientes com cancro da mama. Enquanto o Herceptin erradica a doença em mulheres com altos níveis, deixando estas com poucas opções. Num estudo com 136 pacientes, aquelas que tinham baixos níveis de HER-2 e tomaram a NeuVax, seguida de cirurgia, quimioterapia e radiações, reduziram para metade a probabilidade de voltar a contrair cancro, e nenhuma das mulheres morreu durante o estudo. Disponível: 5 anos. 

 Preservação do cabelo
Um dos mais temidos efeitos secundários da quimioterapia (a queda do cabelo) pode ser mantido nos mínimos se os pacientes mantiverem a cabeça fresca. Investigadores holandeses descobriram que, mantendo o couro cabeludo fresco   - os pacientes usaram uma touca refrigerada electronicamentre -, reduz as probabilidades de o cabelo cair. A tecnologia está a ser usada na Europa, mas são necessários mais estudos antes de ser autorizado o seu uso nos Estados Unidos. Disponível: 5 anos (nos EUA).

 Poder do chá
Beber chá verde previne não só o cancro - pode também prevenir tumores. Investigadores na Universidade do Mississípi deram água misturada com um antioxidante do chá verde, chamado EGCG, a ratos com cancro da mama. Após cinco semanas, os tumores estavam entre 66 e 68% mais pequenos do que aqueles ratos a quem só tinham dado água. Disponível: 5 anos (na forma de medicamento).


Transcrito e editado para o blog por Eunice Tomé 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cancro do intestino grosso (cancro do cólon e cancro do recto)

No cancro do intestino grosso (cólon e recto) algumas células anormais multiplicam-se e formam quer uma área ulcerada, que sangra facilmente, quer uma constrição, que impede a passagem das fezes. Se a evolução normal prosseguir, a doença dissemina-se ao longo da parede abdominal e, através dela, aos órgãos abdominais adjacentes; pode também invadir a circulação sanguínea e afectar outras zonas do organismo. A causa dos tumores malignos do intestino grosso é desconhecida, mas parece ser factor importante uma dieta altamente refinada, com poucos resíduos.

Quais são os sintomas?
O principal sintoma, que não deverá ser negligenciado se tiver duração superior a 10 dias, é uma alteração no tipo de movimentos intestinais – tanto aumento de obstinação como de diarreia. A presença de sangue nas fezes deve ser igualmente sempre referida ao médico; não parta do princípio de que a causa são simplesmente hemorróidas.
Pode haver, também, sintomas vagos de indigestão e dores, acompanhadas de hipersensibilidade da zona inferior do abdómen. Por vezes, o sintoma fundamental é a presença de um único nódulo, algures no quadrante inferior direito do abdómen. Acontece ainda que, por vezes, não há sintomas até que o cancro se revela por uma obstrução intestinal, ou uma peritonite resultante da perfuração do cólon.

Qual a frequência do problema?
O cancro do intestino grosso ocupa o terceiro lugar entre todas as formas de cancro. Representa cerca de um sétimo das mortes por cancro. Em cada ano esta situação é diagnosticada em mais de uma pessoa em cada 1500.

Quais os riscos?
Tendo em conta que os tumores malignos do intestino grosso se desenvolvem e metastizam bastante lentamente, tem 80% de probabilidades de obter cura completa, se a doença for diagnosticada precocemente. Se a disseminação tumoral já ultrapassou o intestino, as perspectivas são muito menos favoráveis.

Que deve fazer-se?
Se tem qualquer dos sintomas acima mencionados, consulte o seu médico, que examinará o abdómen e introduzirá um dedo, depois de calçar uma luva, no recto, a fim de averiguar a possível existência de um tumor rectal. Poderá ser igualmente necessário recolher amostras de matéria fecal para estudo laboratorial. Se o médico suspeita de cancro – ou no caso de um tumor benigno do intestino grosso - , terá que se submeter, no hospital, a certos exames auxiliares de diagnostico, como clister opaco, sigmoidoscopia e colonoscopia, possivelmente.

Qual o tratamento?
A cirurgia é o melhor tratamento possível para este tipo de cancro, se a sua evolução não for muito avançada. Se o cancro é no cólon, o tecido canceroso é extraído juntamente com uma porção do cólon normal de cada lado do tumor, sendo depois suturadas topo a topo as duas extremidades de intestino. Esta operação é denominada uma «ressecção intestinal». Se o cancro se localiza no recto, e geralmente necessária uma colostomia. Se o cancro estiver muito disseminado para ser operado, a sua evolução pode ser interrompida com frequência através de radioterapia e drogas citotóxicas (ou só por estas).

Quais as perspectivas a longo prazo?
As perspectivas são excelentes, em pessoas com cancro do intestino grosso, se a situação é detectada em fase precoce, sendo praticável a operação.
A maioria das pessoas que foram operadas devido a cancro do intestino grosso continuam vivas e saudáveis ao fim de cinco anos ou mais. A percentagem de cura para os pacientes que fizeram apenas radioterapia e tratamento com medicamentos é inferior.   
Transcrito e editado para o blog por Eunice Tomé

domingo, 30 de janeiro de 2011

Cancro da mama

CANCRO DA MAMA: FACTORES DE RISCO
O cancro da mama é um problema de saúde pública que, apesar de não ser dos mais letais, tem uma alta incidência e uma lata mortalidade, sobretudo na mulher (apenas 1 em cada 100 cancros se desenvolvem no homem). Actualmente em Portugal com uma população feminina de 5 milhões, aparecem 4.500 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja 11 novos casos por dia, morrendo por dia 4 mulheres com esta doença.
Para obviar a este estudo calamitoso, o auto-exame, o exame clínico e a mamografia são meios para um diagnóstico precoce. São conhecidos alguns factores de risco para o cancro da mama, muito associados aos estilos de vida e a características reprodutivas inerentes à vida moderna e ocidentalizada. De notar que 5 a 10% dos cancros da mama diagnosticadas apresentam características genéticas e hereditárias que, caso sejam confirmadas, obrigam a um acompanhamento mais precoce e cuidadoso das familiares
A grande dificuldade em diminuir a prevalência dos factores de risco para o cancro da mama justifica uma prevenção secundária, isto é, que sejam concretizados procedimentos e atitudes de um diagnóstico o mais precoce possível das lesões malignas.
Estes incluem o controlo rigoroso e periódico por mamografia e, quando adequado, ecografia, recorrendo ao aconselhamento pelo Medico Assistente, sobretudo a partir dos 40-45 anos.
Em zonas onde já exista Rastreio Organizado, todas as mulheres entre os 45 e os 65 anos deverão corresponder ao convite feito pela Liga Portuguesa Contra o Cancro em cooperação com os Centros de Saúde e Médicos de Família.
Por outro lado, qualquer lesão confirmada deverá ter uma resposta adequada e atempada nas instituições hospitalares. Por último, não devera ser esquecidos que existem já disponíveis técnicas cirúrgicas de reconstrução mamária, indispensáveis para uma melhor qualidade de vida através da melhoria da auto-imagem e do auto-conceito da mulher, que se repercutirá no relacionamento com os seus familiares, os quais desempenham um papel extremamente importante no apoio aos doentes com esta patologia.
MAMA: AUTO-EXAME
O auto-exame deve ser feito uma vez por mês, na semana seguinte ao período menstrual. Ponha uma das mãos atrás da cabeça e utilize a outra para palpar a mama do lado oposto. Com os dedos esticados faça movimentos percorrendo a mama desde a área próxima da axila ate aos mamilos. Repita os mesmos passos para a outra mama. Procure por alterações de consistência, tamanho e aparência da mama e por corrimento a partir do mamilo.
Onde deve fazer o auto-exame:
No banho
O sabão facilita o deslizamento dos dedos e, por conseguinte, a detecção de alterações na mama.
ou Deitada
Para facilitar o auto-exame pode aplicar um gel ou creme sobre as mamas.
e Em frente ao espelho
Verifique se há diferenças entre o formato, tamanho e aparência das duas mamas e se surge corrimento pressionar os mamilos.

Utilize este movimentos
Há três tipos de movimento que devem ser realizados na altura do auto-exame.
Vertical: a mão percorre a mama verticalmente , num movimento para cime e para baixo, cobrindo toda a extençao da mama.
Espiral: com movimentos concêntricos, a mão parte da periferia da mama até chegar ao mamilo.
Quadrantes: num movimento de vaivém, a mão vai do mamilo até à periferia da mama e retorno ao mamilo.
CANCRO DA MAMA: RASTREIO
Nas actividades relativas à prevenção do cancro da mama, destaca-se, desde 1986 a Rastreia de Cancro da Mama na Região Centro, da iniciativa da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que tem permitido o diagnostico de centenas de cancros em fase inicial e, consequentemente, curáveis ou controláveis.
Na verdade, com o Rastreio do Cancro da Mama pretende-se não só um diagnostico precoce, descobrindo tumores muito pequenos, muitas vezes não palpáveis e só vistos em mamografia ou ecografia ou em fase evolutiva não invasiva permitindo assim tratamentos menos mutilantes (cirurgia conservadora) e menos traumatizantes e uma sobrevida livre de doença e global mais longa.
Por exemplo, para melhor avaliação da importância do Rastreio, bastará comparar um tumor que tenha menos de 2 cm de diâmetro tem uma sobrevida aos 10 anos de 85% e um tumor disseminado, com lesões noutros órgãos terá uma sobrevida aos 10 anos menor de 15%.
O Programa de Rastreio (com a estreita colaboração dos Cuidados de Saúde Primários) cobre actualmente toda a Região Centro.
Utiliza unidades móveis (sobretudo) e fixas, que se deslocam de 2 em 2 anos aos concelhos, enviando convites pessoais às mulheres em idade rastreável (45-69 anos) inscritas nos Centros de Saúde para realizar uma mamografia.
Esse exame radiológico é estudado por 2 radiologistas que, em caso de alguma dúvida, chamam a mulher a uma consulta clínica de aferição. Se subsistirem duvidas, são encaminhadas para instituições hospitalares onde realizarão um diagnosticam final e, caso a suspeita se confirme, serão rapidamente tratadas.
O Rastreio de Cancro da Mama é dirigido a mulheres com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos (se ainda não atingiu os 45 anos deve procurar ser seguido pelo seu medico de família ou ginecologista).
Deve ser repetido cada 2 anos, quando a Unidade Móvel de Mamografia se desloca ao seu concelho.
Escrito e editado para o blog por Mark Simões