quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Tumores da bexiga

Os tumores da bexiga, tais como os de muitas zonas do corpo, podem ser benignos ou malignos. Ambos os tipos sem originam a partir das células do tecido de revestimento da bexiga, formando-se em geral um tumor (ou, em alguns casos, mais do que um) que se projecta para o interior do órgão, no espaço ocupado pela urina. Além disso, os tumores malignos (cancerosos) invadem as paredes da bexiga, podendo disseminar-se para outras partes do corpo. Se qualquer um dos tipos tumorais surgir próximo da zona onde o uréter entra na bexiga, pode obstruir o fluxo urinário proveniente do rim, o que provoca o aumento de volume deste órgão devido à acumulação de urina (situação conhecida por “hidronefrose”). Isto lesa o rim, tornando-o susceptível às infecções.

Quais são os sintomas?
O sintoma característico de um tumor da bexiga é a existência de sangue na urina (hematúria). Normalmente a micção não é dolorosa, mas pode haver sensação de ardor; o paciente costuma eliminar um pequeno volume de urina, mas com micções muito frequentes. No caso de estar presente hidronefrose, pode sentir dor na região lombar. Com a existência de um tumor na bexiga a torna especialmente susceptível às infecções, são comuns os sintomas de cistite.

Quais os riscos?
Todos os tumores benignos, e muitos dos malignos com pequenas dimensões, respondem bem ao tratamento. Por vezes, contudo, as células cancerosas invadem (metastizam) outras zonas do organismo e, se isto sucedeu, as perspectivas de tratamento eficaz são muito menores.

O que se deve fazer?
Consulte sempre o médico, no caso de notar a presença de sangue na urina. O médico pedirá a colheita de urina e amostras se sangue para análise e, de acordo com os resultados, pedirá exames complementares, como uma cistoscopia e uma pielografia endovenosa (PEV), ou uma cistografia. Se for detectado um tumor, proceder-se-á à colheita de uma pequena amostra dele através de uma biopsia, cujo objectivo é determinar se se trata de um tumor benigno ou maligno.

Qual o tratamento?
O tratamento habitual para todos os tumores da bexiga consiste na sua destruição pelo calor, com uma sonda especial agregada a um cistoscópio (um processo conhecido por “fulguração”).
O cirurgião visualiza a bexiga através do cistoscópio e manipula a sonda, destruindo as células tumorais. Normalmente, assim, erradica-se o tumor, mas ulteriormente terá que submeter-se a exames de controle semestrais durante pelo menos três anos, para assegurar que não há recidiva.
Se o tumor atinge uma área extensa da bexiga, pode ser necessário recorrer a cirurgia abdominal. Nos casos graves, será eliminada a totalidade da bexiga, ligando-se neste caso os ureteres a uma abertura na parede abdominal, realizada especialmente com esta finalidade. Deste modo, a urina flui para um saco (uma “bexiga externa”), o qual deverá ser esvaziado mais ou menos todos os dias. As técnicas actuais tornaram este método seguro, eficaz e prático. Após a operação, faz-se radioterapia, para destruir quaisquer células anormais residuais.

A maioria dos tumores da bexiga têm aspecto arborescente, parecendo-se com uma couve-flor projectando-se na parede interna da bexiga.
Transcrito e editado para o blog por Eunice Tomé 

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