quinta-feira, 26 de maio de 2011

Apresentação Final Parte IV - ADN

Muitas vezes referida como a molécula da vida, o ADN (ácido desoxirribonucleico) encontra-se em quase todos os seres vivos. Funciona como um tipo de código químico que contém instruções. Conhecidas por genes, que define como o corpo e as suas diferentes partes crescem, se desenvolvem, funcionam e se mantêm.

Em quase todas as células humanas, o ADN é agrupado em 46 elementos em forma de X chamados cromossomas, situados no núcleo celular. A enorme lista de instruções do ADN assume a forma de moléculas finas e longas, uma por cromossoma, cada uma delas com a forma de uma dupla hélice. Cada dupla hélice possui duas cadeias, que funcionam como “coluna vertebral” da molécula, enrolados em uma volta da outra. Estão unidas por barras, como uma escada de mão torcida. Os degraus são feitos de pares químicos chamados bases: adenina (A), guanina (G), timina (T) e citocina (C). Em cada degrau, A faz sempre par com T, e G com C. Esta estrutura confere ao ADN duas características essenciais: a ordem das bases contém o código genético dos cromossomas, enquanto a forma como as bases se cruzam permite ao ADN fazer réplicas exactas de si próprio.
Cada organismo possui um património genético que o torna único. O seu ADN, molécula biológica universal, é o suporte molecular da informação genética que coordena todas as actividades celulares e que é transmitida a todas as células-filhas no decurso do desenvolvimento.
            O ADN contém a “linguagem” da vida. A identificação da composição e estrutura desta biomolécula constituiu um marco muito importante na biologia molecular.
            Os constituintes identificados em cada nucleótido são:
·         um grupo fosfato, que confere à molécula características ácidas;
·         um açúcar com cinco átomos de carbono (pentose) – a desoxirribose – C5H10O4;
·         uma base azotada – das quatro bases azotadas que podem encontrar-se, a timina e a citosina têm anel simples, a adenina e a guanina têm anel duplo.
            A sequência de nucleótidos numa cadeia da ADN é muito importante, pois é nessa sequência que está codificada a informação genética que define as características de cada indivíduo.
            A estrutura da molécula da ADN só foi decifrada após terem sido analisados os resultados de várias experiências, em interacção com considerações teóricas, podendo citar-se alguns contributos.
Em Abril de 1953, o geneticista americano James Watson e o físico inglês Francis Crick sintetizaram num modelo único e coerente o que se sabia até ao momento sobre a estrutura do ADN.
A longa molécula, em forma de dupla hélice, assemelha-se a uma escada de corda enrolada helicoidalmente. As bandas laterais da hélice são formadas por grupos fosfato, alternando com moléculas de açúcar, e os “degraus” centrais são pares de bases ligados entre si por pontes de hidrogénio.
A proposta da estrutura helicoidal do ADN, macromolécula e, cadeia dupla, constituída por sequências polinucleotídicas complementares e antiparalelas, apresentada em 1953 por Watson e Crick, justificou que, em 1962, fosse atribuído a estes dois investigadores e a Maurice Wilkins o Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina. Rosalind Franklin não foi distribuída por este prémio, pois tinha falecido em 1958.
            A estrutura do ADN é a mesma em todas as espécies, sendo, portanto, universal no mundo vivo. Analisando a estrutura desta molécula, podemos agora falar de genes como segmentos de ADN com uma sequência nucleotídica própria que contém determinada informação. O número e a sequência de nucleótidos diferem de gene para gene. A ordem dos nucleótidos num gene possui um significado preciso; ela pode codificar a expressão de um carácter. Uma outra sucessão de nucleótidos conduz à expressão de uma outra característica. É, pois, a sequência de nucleótidos que transporta a mensagem genética. Embora existam apenas quatro nucleótidos diferentes no ADN, cada um pode estar presente um grande número de vezes e podem existir diferentes sequências desses nucleótidos, sendo possível uma grande diversidade de moléculas de ADN. Cada indivíduo é único, tem o seu próprio ADN. Pode, pois, falar-se em universalidade e variabilidade desta molécula. A totalidade da ADN contido numa célula constitui o genoma de um organismo e os benefícios do seu conhecimento são inquestionáveis.


Escrito e editado para o blog por Mark Simões

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