segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cancro do intestino grosso (cancro do cólon e cancro do recto)

No cancro do intestino grosso (cólon e recto) algumas células anormais multiplicam-se e formam quer uma área ulcerada, que sangra facilmente, quer uma constrição, que impede a passagem das fezes. Se a evolução normal prosseguir, a doença dissemina-se ao longo da parede abdominal e, através dela, aos órgãos abdominais adjacentes; pode também invadir a circulação sanguínea e afectar outras zonas do organismo. A causa dos tumores malignos do intestino grosso é desconhecida, mas parece ser factor importante uma dieta altamente refinada, com poucos resíduos.

Quais são os sintomas?
O principal sintoma, que não deverá ser negligenciado se tiver duração superior a 10 dias, é uma alteração no tipo de movimentos intestinais – tanto aumento de obstinação como de diarreia. A presença de sangue nas fezes deve ser igualmente sempre referida ao médico; não parta do princípio de que a causa são simplesmente hemorróidas.
Pode haver, também, sintomas vagos de indigestão e dores, acompanhadas de hipersensibilidade da zona inferior do abdómen. Por vezes, o sintoma fundamental é a presença de um único nódulo, algures no quadrante inferior direito do abdómen. Acontece ainda que, por vezes, não há sintomas até que o cancro se revela por uma obstrução intestinal, ou uma peritonite resultante da perfuração do cólon.

Qual a frequência do problema?
O cancro do intestino grosso ocupa o terceiro lugar entre todas as formas de cancro. Representa cerca de um sétimo das mortes por cancro. Em cada ano esta situação é diagnosticada em mais de uma pessoa em cada 1500.

Quais os riscos?
Tendo em conta que os tumores malignos do intestino grosso se desenvolvem e metastizam bastante lentamente, tem 80% de probabilidades de obter cura completa, se a doença for diagnosticada precocemente. Se a disseminação tumoral já ultrapassou o intestino, as perspectivas são muito menos favoráveis.

Que deve fazer-se?
Se tem qualquer dos sintomas acima mencionados, consulte o seu médico, que examinará o abdómen e introduzirá um dedo, depois de calçar uma luva, no recto, a fim de averiguar a possível existência de um tumor rectal. Poderá ser igualmente necessário recolher amostras de matéria fecal para estudo laboratorial. Se o médico suspeita de cancro – ou no caso de um tumor benigno do intestino grosso - , terá que se submeter, no hospital, a certos exames auxiliares de diagnostico, como clister opaco, sigmoidoscopia e colonoscopia, possivelmente.

Qual o tratamento?
A cirurgia é o melhor tratamento possível para este tipo de cancro, se a sua evolução não for muito avançada. Se o cancro é no cólon, o tecido canceroso é extraído juntamente com uma porção do cólon normal de cada lado do tumor, sendo depois suturadas topo a topo as duas extremidades de intestino. Esta operação é denominada uma «ressecção intestinal». Se o cancro se localiza no recto, e geralmente necessária uma colostomia. Se o cancro estiver muito disseminado para ser operado, a sua evolução pode ser interrompida com frequência através de radioterapia e drogas citotóxicas (ou só por estas).

Quais as perspectivas a longo prazo?
As perspectivas são excelentes, em pessoas com cancro do intestino grosso, se a situação é detectada em fase precoce, sendo praticável a operação.
A maioria das pessoas que foram operadas devido a cancro do intestino grosso continuam vivas e saudáveis ao fim de cinco anos ou mais. A percentagem de cura para os pacientes que fizeram apenas radioterapia e tratamento com medicamentos é inferior.   
Transcrito e editado para o blog por Eunice Tomé

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