domingo, 30 de janeiro de 2011

Cancro da mama

CANCRO DA MAMA: FACTORES DE RISCO
O cancro da mama é um problema de saúde pública que, apesar de não ser dos mais letais, tem uma alta incidência e uma lata mortalidade, sobretudo na mulher (apenas 1 em cada 100 cancros se desenvolvem no homem). Actualmente em Portugal com uma população feminina de 5 milhões, aparecem 4.500 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja 11 novos casos por dia, morrendo por dia 4 mulheres com esta doença.
Para obviar a este estudo calamitoso, o auto-exame, o exame clínico e a mamografia são meios para um diagnóstico precoce. São conhecidos alguns factores de risco para o cancro da mama, muito associados aos estilos de vida e a características reprodutivas inerentes à vida moderna e ocidentalizada. De notar que 5 a 10% dos cancros da mama diagnosticadas apresentam características genéticas e hereditárias que, caso sejam confirmadas, obrigam a um acompanhamento mais precoce e cuidadoso das familiares
A grande dificuldade em diminuir a prevalência dos factores de risco para o cancro da mama justifica uma prevenção secundária, isto é, que sejam concretizados procedimentos e atitudes de um diagnóstico o mais precoce possível das lesões malignas.
Estes incluem o controlo rigoroso e periódico por mamografia e, quando adequado, ecografia, recorrendo ao aconselhamento pelo Medico Assistente, sobretudo a partir dos 40-45 anos.
Em zonas onde já exista Rastreio Organizado, todas as mulheres entre os 45 e os 65 anos deverão corresponder ao convite feito pela Liga Portuguesa Contra o Cancro em cooperação com os Centros de Saúde e Médicos de Família.
Por outro lado, qualquer lesão confirmada deverá ter uma resposta adequada e atempada nas instituições hospitalares. Por último, não devera ser esquecidos que existem já disponíveis técnicas cirúrgicas de reconstrução mamária, indispensáveis para uma melhor qualidade de vida através da melhoria da auto-imagem e do auto-conceito da mulher, que se repercutirá no relacionamento com os seus familiares, os quais desempenham um papel extremamente importante no apoio aos doentes com esta patologia.
MAMA: AUTO-EXAME
O auto-exame deve ser feito uma vez por mês, na semana seguinte ao período menstrual. Ponha uma das mãos atrás da cabeça e utilize a outra para palpar a mama do lado oposto. Com os dedos esticados faça movimentos percorrendo a mama desde a área próxima da axila ate aos mamilos. Repita os mesmos passos para a outra mama. Procure por alterações de consistência, tamanho e aparência da mama e por corrimento a partir do mamilo.
Onde deve fazer o auto-exame:
No banho
O sabão facilita o deslizamento dos dedos e, por conseguinte, a detecção de alterações na mama.
ou Deitada
Para facilitar o auto-exame pode aplicar um gel ou creme sobre as mamas.
e Em frente ao espelho
Verifique se há diferenças entre o formato, tamanho e aparência das duas mamas e se surge corrimento pressionar os mamilos.

Utilize este movimentos
Há três tipos de movimento que devem ser realizados na altura do auto-exame.
Vertical: a mão percorre a mama verticalmente , num movimento para cime e para baixo, cobrindo toda a extençao da mama.
Espiral: com movimentos concêntricos, a mão parte da periferia da mama até chegar ao mamilo.
Quadrantes: num movimento de vaivém, a mão vai do mamilo até à periferia da mama e retorno ao mamilo.
CANCRO DA MAMA: RASTREIO
Nas actividades relativas à prevenção do cancro da mama, destaca-se, desde 1986 a Rastreia de Cancro da Mama na Região Centro, da iniciativa da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que tem permitido o diagnostico de centenas de cancros em fase inicial e, consequentemente, curáveis ou controláveis.
Na verdade, com o Rastreio do Cancro da Mama pretende-se não só um diagnostico precoce, descobrindo tumores muito pequenos, muitas vezes não palpáveis e só vistos em mamografia ou ecografia ou em fase evolutiva não invasiva permitindo assim tratamentos menos mutilantes (cirurgia conservadora) e menos traumatizantes e uma sobrevida livre de doença e global mais longa.
Por exemplo, para melhor avaliação da importância do Rastreio, bastará comparar um tumor que tenha menos de 2 cm de diâmetro tem uma sobrevida aos 10 anos de 85% e um tumor disseminado, com lesões noutros órgãos terá uma sobrevida aos 10 anos menor de 15%.
O Programa de Rastreio (com a estreita colaboração dos Cuidados de Saúde Primários) cobre actualmente toda a Região Centro.
Utiliza unidades móveis (sobretudo) e fixas, que se deslocam de 2 em 2 anos aos concelhos, enviando convites pessoais às mulheres em idade rastreável (45-69 anos) inscritas nos Centros de Saúde para realizar uma mamografia.
Esse exame radiológico é estudado por 2 radiologistas que, em caso de alguma dúvida, chamam a mulher a uma consulta clínica de aferição. Se subsistirem duvidas, são encaminhadas para instituições hospitalares onde realizarão um diagnosticam final e, caso a suspeita se confirme, serão rapidamente tratadas.
O Rastreio de Cancro da Mama é dirigido a mulheres com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos (se ainda não atingiu os 45 anos deve procurar ser seguido pelo seu medico de família ou ginecologista).
Deve ser repetido cada 2 anos, quando a Unidade Móvel de Mamografia se desloca ao seu concelho.
Escrito e editado para o blog por Mark Simões

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