O diagnóstico de cancro é mais comummente estabelecido após um relatório histopatológico de uma biopsia ou de ressecção tumoral. Um relatório histopatológico deve incluir quer as características patológicas grosseiras (tamanho do tumor, número e tamanho de gânglios linfáticos examinados), quer os achados microscópicos (grau do tumor, arquitectura, taxa mitótica, envolvimento da margem e invasão linfovascular). O grau e o estádio do cancro são factores importantes de prognósticos e podem influenciar as opções terapêuticas.
A malignidade é geralmente caracterizada por várias características comportamentais, particularmente a invasão e a metastização. O histopatologista, contudo, pode ter de identificar um cancro sem esta informação. Os cancros são compostos de células clonadas (são todas descendentes de uma única célula) e perderam o controlo da sua organização e arquitectura tecidular. Além da história natural, várias propriedades físicas ajudam a diferenciar entre os tumores benignos e malignos. Contudo não há uma única caracrterística histológica que define um cancro. Na verdade, nem existe uma única característica histológica que separe os tumores benignos dos malignos. Em geral, os tumores benignos raramente são ameaçadores da vida, mas podem causar problemas de saúde por causa da sua localização (por pressão ou obstrução de órgãos adjacentes) ou por sobreprodução de hormonas. Em contraste, os tumores malignos seguem normalmente uma evolução progressiva e, a não ser que sejam tratados com sucesso, são frequentemente fatais.
In situ ou invasivo?
Os cancros invasivos estendem-se para o esquema circundante. Por outro lado, os tumores que exibem todas as características microscópicas dos cancros mas que não rompem a membrana basal ooriginal são denominados cancros in situ (não invasivos). Os exemplos incluem o cancro da mama in situ confinado aos ductos (carcinomas ductal in situ (CDIS) ou nos lóbulos (carcinoma lobular in situ (CLIS). Têm sido encontrados cancros pré-invasivos similares em vários órgãos como o cérvix, o ânus, a próstata e os brônquios, e acredita-se que representam um estádio na progressão da displasia para o cancro.
Escrito e editado para o blog por Mark Simões