sábado, 22 de janeiro de 2011

4ª Curiosidade sobre o Cancro...

Gás Mostarda
O gás mostarda foi utilizado, pela primeira vez, na Primeira Guerra Mundial, em 1917, pelo exército alemão. Ao contrário de outra arma química que produz efeitos imediatos, o gás mostarda só produz, geralmente, sintomas algumas horas após o contacto. As vítimas sofrem graves danos nos tecidos muito antes de se aperceberem que necessitam de tratamento. O gás mostarda atinge também o ADN, sendo responsável por mutações que produz cancros e malformações nos recém-nascidos.
Além dos agentes químicos, as radiações podem também ser usadas como potentes armas. As armas nucleares baseiam-se na libertação de enormes quantidades de energia, sob diversas formas, devido à desintegração dos núcleos dos átomos. A onda de choque inicial conduz a uma destruição maciça e as radiações são responsáveis por graves queimadoras e produzem, nos sobreviventes, alterações no seu genoma que mais tarde se manifestarão sob a forma de cancro e de malformações. Os únicos registos de utilização de armas nucleares remontam a 1945, quando, na Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançaram duas bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Contudo, ao longo das décadas seguintes, inúmeros testes nucleares foram realizadas, alguns dos quais levaram à contaminação de vastas áreas. Alem disso, algumas centrais nucleares têm sofrido acidentes que conduzem à libertação de radioactividade e consequente contaminação das áreas envolventes. Um dos maiores desastres ambientais resultantes da energia nuclear teve origem em Chernobyl, na Ucrânia (na altura pertencente à URSS). O acidente ocorreu no dia 26 de Abril de 1986 quando o reactor nuclear da central explodiu, libertando uma enorme nuvem radioactiva que se espalhou por milhares de quilómetros. Vinte e oito pessoas morreram nos dias seguintes ao acidente, devido ao elevado nível de radiação a que foram expostas. Mas os efeitos mutagénicos só se viriam a manifestar mais tarde, quando se começou a detectar um aumento exponencial de cancro da tiróide em crianças que viviam numa região vizinha (a Bielorrússia). Entre os indivíduos adultos expostos à radiação, especialmente os que foram destacados para proceder às operações de socorro e limpeza da zona, diversos cancros começaram a surgir.
Após o acidente, a elevada contaminação dos terrenos, construções, maquinas, etc., obrigou à criação de uma zona de exclusão com um raio de 30 km. Os habitantes foram deslocados, mas ainda hoje é possível observar mutações que se manifestam nos filhos dos indivíduos que foram expostos à radiação.

Escrito e editado para o blog por Mark Simões