sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cancro do útero mata mais no Algarve do que no resto do país


«Dez mulheres morrem todos os anos vítimas de tumor maligno do cancro do colo do útero no Algarve. Estes números significam que a região sul do País apresenta o dobro da taxa de mortalidade do resto do País, segundo dados divulgados quinta-feira no Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO), avança o Correio da Manhã.
O oncologista Vítor Rodrigues considera que "as autoridades de saúde devem estudar o problema para tentar perceber as razões pelas quais o Algarve tem mais casos de mortes por cancro do colo do útero".
O cancro do colo do útero é provocado por doença sexualmente transmissível e os óbitos por esta causa poderão ser justificados pela falta de acesso aos cuidados de saúde, por um diagnóstico e tratamento tardios ou por comportamentos de risco.
Segundo Vítor Rodrigues, o cancro do pulmão é o que mata mais os homens em Portugal, enquanto que nas mulheres é o cancro da mama, escreve o CM.
O oncologista Ricardo da Luz referiu que os medicamentos mais recentes para combater o cancro fazem aumentar a sobrevivência dos doentes. "Praticamente todos os dias sabemos de novos medicamentos para o cancro, mas nem todos são o mais indicado para todos os doentes".»
Artigo retirado de in: http://www.pop.eu.com/news/4833/26/Cancro-do-utero-mata-mais-no-Algarve-do-que-no-resto-do-pais.html e editado para o blog por Eunice Tomé

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Apresentação Final Parte II - Dos Sistemas às Células

Em termos gerais, cada sistema pode ser visto como uma hierarquia de componentes grandes compostos por outros mais pequenos. O próprio sistema encontra-se no topo da hierarquia; em seguida estão os órgãos; abaixo encontram-se os tecidos que compõem os órgãos; e no fundo da hierarquia estão as células de que são feito os tecidos.
            Um sistema do organismo habitualmente é visto como um conjunto de órgãos e partes programados para uma tarefa importante. Os sistemas são integrados e interdependentes, mas cada um tem os próprios componentes e limites. As principais partes de um sistema são os órgãos e os tecidos. A maioria dos órgãos é composta por diferentes tecidos. O cérebro, por exemplo, contém não só tecido nervoso mas também tecido conjuntivo e epitelial. Por sua vez, um tecido é um conjunto de células microscópicas, todas semelhantes na estrutura e desempenhando a mesma função especializada.

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 SISTEMA
O aparelho digestivo é um dos mais bem definidos do corpo. Consiste numa passagem longa, o tubo digestivo, e nas glândulas associadas. Estas incluem o fígado e o pâncreas, que estão ligadas ao tubo principal por ductos, ou tubos, e que escoam os seus produtos, tais como as enzimas, para o tubo.

2
 ORGÃOS
O fígado é o órgão interno maior do corpo, com um peso médio no adulto de 1.5kg, ligeiramente maior do que o cérebro. Dentro do fígado encontra-se um sistema de tubos para transportar o seu produto digestivo, a bílis, que está armazenada no pequeno saco sob a sua extremidade direita, a vesícula.

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 SUB-ESTRUTURA DO ÓRGÃO
As unidades estruturais funcionais do fígado são lóbulos hepáticos. Os lóbulos têm seis lados, com vasos sanguíneos e ductos biliares no seu interior e entre eles.

4
 TECIDO
O tecido especial do fígado consiste em lâminas ramificadas de células hepáticas (hepatócitos) organizadas em ângulos. Estas são permeadas por líquidos e por ramos microscópicos de dois tipos principais de tubos: vasos sanguíneos e ductos biliares.

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 CÉLULA
A unidade viva fundamental de todos os tecidos, a célula típica, é capaz de obter energia e de processar nutrientes. Os hepatócitos do fígado são um exemplo de células do organismo, e contém em si a maior parte dos tipos de estruturas em miniatura, denominadas organelos.
Escrito e editado para o blog por Mark Simões

terça-feira, 17 de maio de 2011

Cientistas descobrem como conter fornecimento de sangue para células cancerígenas

 
«Investigadores da University os Texas Southwestern Medical Center, nos EUA, identificaram uma proteína que orienta o desenvolvimento dos vasos sanguíneos. A descoberta pode levar a tratamento para conter o fornecimento de sangue para as células cancerígenas, impedindo que ela se espalhe, avança o portal ISaúde.
A equipa de investigação demonstrou em ratinhos que a interacção da proteína Ras 1 (Rasip1) é tão específica e central para muitos processos celulares que, sem ela, novos vasos sanguíneos simplesmente não podem formar-se.
As células de cancro dependem da criação de novos vasos sanguíneos para fornecer nutrientes que servem de combustível para o crescimento rápido do cancro. Os tumores cancerígenos também usam o sistema circulatório como uma auto-estrada através da qual enviam células malignas para colonizar outras partes do corpo.
Uma droga capaz de bloquear a Rasip1 poderia combater o cancro em duas frentes: através do corte no fornecimento de nutrientes para as células cancerígenas e cortando as suas rotas de transporte.
Os cientistas têm encontrado muitas moléculas regulatórias importantes em diferentes tecidos e até mesmo noutros aspectos da formação ou da manutenção dos vasos sanguíneos, mas todos eles são activos em vários tecidos do corpo.
Rasip1 é o primeiro regulador específico de interruptores moleculares chamados GTPases. A proteína parece estar activa apenas no endotélio, a camada de células que reveste os vasos sanguíneos, e não é encontrada nas células musculares lisas que formam a parte externa dos vasos sanguíneos.
Os cientistas descobriram também que Rasip1 e uma proteína parceira de ligação são necessárias para que os vasos sanguíneos formem canais através dos quais o sangue possa fluir.
"A maioria das abordagens às terapias que visam bloquear a formação de vasos sanguíneos concentra-se em factores de crescimento que ocorrem fora da célula, em vez de factores intrínsecos de crescimento celular como Rasip1", disse a líder do estudo Ondine Cleaver. "Apesar de este ainda ser um estudo com ratos, acreditamos que estudos futuros de Rasip1 e dos processos moleculares sob o seu controlo têm uma grande promessa para fornecer ferramentas e modelos para o avanço dos tratamentos clínicos que visam bloquear a formação de vasos sanguíneos em tumores".
Os investigadores agora planeiam procurar drogas que bloqueiam Rasip1, a fim de, eventualmente, desenvolver estratégias para interromper o crescimento de vasos sanguíneos funcionais e fazer com que os tumores cancerígenos “morram à fome”.»
 
 
Artigo retirado de in: http://www.pop.eu.com/news/4794/26/Cientistas-descobrem-como-conter-fornecimento-de-sangue-para-celulas-cancerigenas.html e editado para o blog por Eunice Tomé

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Apresentação Final Parte I - Introdução

O número de seres humanos no mundo aproxima-se rapidamente dos sete mil milhões (7 000 000 000). Nascem mais de 250 bebés por minuto, e morrem 150 000 pessoas por dia, e a população aumenta em cerca de 150 seres humanos por minuto. Cada uma destas pessoas vive, pensa, preocupa-se e sonha com dentro do bem mais complexo e maravilhoso que existe – um corpo humano. Uma característica permanente deste corpo e do seu comportamento é a sua curiosidade por si própria. Olhamos continuadamente para nós próprios, com um enorme e crescente pormenor, para compreender a sua actividade.

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA HUMANO
Para compreender como o cancro afecta o sistema humano, ao longo do trabalho será descrito a forma como funciona o sistema ou órgão no estado normal de funcionamento. Cada sistema desempenha um papel ou tarefa principal; por exemplo, o coração bombeia o sangue pelos vasos sanguíneos para fornecer a cada parte oxigénio e nutrientes essenciais. Os sistemas são, por seu lado, compostos por partes principais conhecidas por órgãos. O estômago, os intestinos e o fígado são órgãos do aparelho digestivo. Avançando para níveis posteriores desta hierarquia, os órgãos constituem em tecidos e os tecidos são feitos por células.

CITOLOGIA
As células são muitas vezes consideradas os tijolos microscópicos do corpo. No entanto, estão longe de ser tijolos passivos numa parede – são activas e dinâmicas, crescem e especializam-se continuamente, funcionam, morrem e reabastecem-se aos milhões a cada segundo. Ao todo, o corpo contém cerca de 100 mil milhões de células de pelo menos 200 tipos diferentes. A ciência é cada vez mais capaz de desvendar além das células, os organelos dentro delas, e além e mais dentro, até aos mais ínfimos componentes da matéria comum – as moléculas e os átomos.

SAÚDE E DOENÇA
A ciência médica reúne montanhas de provas todos os anos sobre as melhores formas de se manter saudável e evitar as doenças. Neste momento, a herança genética de um indivíduo, que é uma questão de probabilidade e sorte, é o ponto de partida para manter a saúde e o bem-estar. Nos anos vindouros, tratamentos como o diagnóstico genético pré-implantação (DGPI), que é realizado no âmbito das técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) e a terapia genica poderão eliminar ou contrariar alguns destes elementos do acaso. Muitos aspectos do ambiente em que se cresce têm um grande impacto sobre a saúde. Factores como a dieta – seja demasiado rica, trazendo consigo o risco de obesidade, ou demasiado pobre, levando à desnutrição – afectam especialmente as crianças, cujo corpo ainda se encontra em desenvolvimento. O corpo pode ser afectado por diferentes tipos de doença, tais como infecção por um vírus ou uma bactéria, lesões causadas por um acidente ou por actividades repetidas a longo prazo, genes familiares defeituosos ou exposição a toxinas no ambiente.


SOBRE ESTE TRABALHO
As páginas que se seguem descrevem as estruturas e os processos citológicos a todos os níveis. Em primeiro lugar, descreve-se a hierarquia da organização desde as células como os seus processos fisiológicos, aos organelos e ao ADN, concentrando-se cada vez mais nos processos que envolvem o núcleo e o seu funcionamento normal. Seguindo desta secção, descreve processos de utilização do material genético, como a biossíntese de proteínas essencial ao desenvolvimento das características fenotípicas, até a renovação celular descrita anteriormente pelo ciclo celular. Após as descrições celulares normais, recorremos ao início de mutações e seguidamente do tópico, o desenvolvimento de cancro. Nesta secção, explora-se o funcionamento normal do sistema de órgãos, seguida da descrição do órgão com cancro.
            Em segundo lugar, analisa factores de risco, como o tabaco e o álcool; a detecção e do tratamento; métodos de tratamento, como a quimioterapia e outras substâncias (marijuana); e depois de aspectos psicológicos e a ética de alguns problemas, como a eutanásia.
            Por último, refere-se das organizações que ajudam hospitais e pacientes, e que tratam desta doença, com uma taxa de mortalidade tão elevada. Caso haja alguma dúvida na interpretação de alguns termos, no fim deste trabalho, há um glossário com as definições.
Escrito e editado para o blog por Mark Simões

Há cada vez mais jovens entre os doentes de cancro no sangue

O número de jovens com cancros do sangue está a aumentar também em Portugal. Cada vez mais os médicos recebem e diagnosticam este tipo de doença oncológica que se manifesta de forma muito agressiva em doentes mais novos, confirmou ao PÚBLICO a médica hematologista do hospital de Santa Maria, Graça Esteves.
O mieloma múltiplo é tratável, mas não curável
“O aumento de doentes jovens encontra-se, aliás, em todo o tipo de cancros, não apenas nos de sangue”, afirma em declarações ao PÚBLICO, o médico Ricardo Marques da Costa, da unidade de oncologia do centro hospitalar do Barreiro. Segundo este clínico, supõe-se que “a prevalência do cancro está a aumentar na população em geral” e que “a vida no início do século XXI não é a melhor para as células se propagarem saudavelmente”.

Entre os cancros de sangue inclui-se o mieloma múltiplo, uma espécie rara que regista 400 novos casos, todos os anos em Portugal.

O cancro do sangue inicia-se quando uma célula sanguínea se converte em maligna devido a anomalias no material genético. O mieloma é um deste tipo de cancros. Depois do linfoma de Hodgkin, é o segundo mais frequentemente diagnosticado.

Por regra, afecta sobretudo adultos com idade superior a 60 anos. A causa exacta do seu aparecimento permanece desconhecida mas facto de surgirem agora jovens com este diagnóstico, poderá atribuir-se a alguns dos factores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver a doença. A exposição a produtos químicos e o efeito de radiações, estão entre estes, nota a médica Catarina Geraldes dos Hospitais da Universidade de Coimbra. A constante exposição a produtos químicos como pesticidas ou sprays de pintura são também referidos entre os factores de risco. Vários estudos associaram também infecções, como a da Imunodeficiência Humana (HIV) no desenvolvimento do mieloma.

Em cerca de 80 por cento dos casos os doentes apresentam lesões ósseas, fracturas e osteoporose na altura do diagnóstico. Também ocorre insuficiência renal em 40 por cento dos casos.

O mieloma múltiplo é tratável, mas não curável. Os novos medicamentos que estão a surgir para tratar esta patologia estão a permitir combatê-la não apenas com quimioterapia. Com a eficácia desses medicamentos, diminui a mortalidade em consequência deste cancro que se transforma cada vez mais numa doença crónica, explica Paulo Lúcio, médico hematologista do Instituto Português de Oncologia e do Hospital Militar que participou na semana passada num encontro médico internacional em Paris, precisamente sobre o mieloma múltiplo.

Paralelamente ao aumento de casos, os avanços na investigação e a eficácia dos novos fármacos estão a permitir um significativo “aumento da percentagem de sobrevida na generalidade dos cancros”, nota Ricardo Marques da Costa. Este médico salienta também a importância do aperfeiçoamento dos métodos de diagnóstico que permitem “estar em cima” de forma muito mais rigorosa das doenças oncológicas que também se vão tornando cada vez mais curáveis.
Escrito e editado para o blog por Mark Simões