Eutanásia: Estado e religião não podem condicionar “direito humano fundamental”, defende investigadora
A professora universitária Laura Ferreira Santos defendeu hoje a eutanásia como “direito humano fundamental” que o Estado e as religiões não podem condicionar.
“Eu defendo o respeito pelas convicções razoáveis de cada um”, disse a docente da Universidade do Minho, ao intervir no último dia de trabalhos das VIII Jornadas sobre Comportamentos Suicidários, que decorreu desde quinta feira no Luso, concelho da Mealhada.
Na sua opinião, “o Estado não deve usar a força” para impedir a eutanásia às pessoas doentes em fase terminal que decidam morrer com apoio médico.
“Não podemos obrigar as pessoas a morrer de acordo com as convicções dos outros”, disse, sublinhando que a concretização desse direito individual “não é uma rampa escorregadia, como alguns afirmam”.
Trata-se antes de uma escolha, “numa sociedade em que as pessoas se habituaram já a fazer outras escolhas”, designadamente ao nível do planeamento familiar e da interrupção voluntária da gravidez.
“Por que é que eu tenho de assistir ao meu próprio filme de terror”, perguntou Laura Ferreira Santos, autora do livro “Ajudas-me a morrer?”.
Doutorada em Filosofia da Educação, Laura Ferreira Santos dedicou-se nos últimos anos às questões da morte voluntária assistida, preconizando a legalização da chamada eutanásia em Portugal.
A investigadora participou hoje, no Luso, na mesa redonda “Eutanásia e Suicídio Assistido”, tendo dissertado sobre o tema “A morte oportuna como tarefa da liberdade”.
“Não roubarás a última liberdade de escolha do teu irmão!”, disse, citando um dos “Dez Mandamentos da Lei de Deus” (“Não roubarás”), seguidos pela religião católica.
Na sua opinião, seria mais rigoroso substituir a regra “Não matarás” por “Não assassinarás”.
“Sou adepta de que se ofereça o máximo de possibilidades de escolha ao doente”, frisou a especialista.
Sem apoiar a eutanásia, o médico Ferraz Gonçalves, disse que “a primeira obrigação dos médicos nesta fase da doença [fase terminal] é controlar o sofrimento dos doentes”.
Segundo o especialista do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, deve-se “evitar que os doentes sofram sem qualquer sentido”, quando estão sujeitos a cuidados paliativos.
A médica Emília Albuquerque, do IPO de Coimbra, interveio na mesma mesa redonda das Jornadas sobre Comportamentos Suicidários, apresentando o tema “A ideação de morte em oncologia”.
Na sua opinião, “o Estado não deve usar a força” para impedir a eutanásia às pessoas doentes em fase terminal que decidam morrer com apoio médico.
“Não podemos obrigar as pessoas a morrer de acordo com as convicções dos outros”, disse, sublinhando que a concretização desse direito individual “não é uma rampa escorregadia, como alguns afirmam”.
Trata-se antes de uma escolha, “numa sociedade em que as pessoas se habituaram já a fazer outras escolhas”, designadamente ao nível do planeamento familiar e da interrupção voluntária da gravidez.
“Por que é que eu tenho de assistir ao meu próprio filme de terror”, perguntou Laura Ferreira Santos, autora do livro “Ajudas-me a morrer?”.
Doutorada em Filosofia da Educação, Laura Ferreira Santos dedicou-se nos últimos anos às questões da morte voluntária assistida, preconizando a legalização da chamada eutanásia em Portugal.
A investigadora participou hoje, no Luso, na mesa redonda “Eutanásia e Suicídio Assistido”, tendo dissertado sobre o tema “A morte oportuna como tarefa da liberdade”.
“Não roubarás a última liberdade de escolha do teu irmão!”, disse, citando um dos “Dez Mandamentos da Lei de Deus” (“Não roubarás”), seguidos pela religião católica.
Na sua opinião, seria mais rigoroso substituir a regra “Não matarás” por “Não assassinarás”.
“Sou adepta de que se ofereça o máximo de possibilidades de escolha ao doente”, frisou a especialista.
Sem apoiar a eutanásia, o médico Ferraz Gonçalves, disse que “a primeira obrigação dos médicos nesta fase da doença [fase terminal] é controlar o sofrimento dos doentes”.
Segundo o especialista do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, deve-se “evitar que os doentes sofram sem qualquer sentido”, quando estão sujeitos a cuidados paliativos.
A médica Emília Albuquerque, do IPO de Coimbra, interveio na mesma mesa redonda das Jornadas sobre Comportamentos Suicidários, apresentando o tema “A ideação de morte em oncologia”.
Adaptado para o blog por Mark Simões