sábado, 15 de janeiro de 2011

Tumor do olho:

Os tumores são crescimentos anormais de tecidos. São quer malignos – os quais habitualmente se disseminam – ou benignos – ficando localizados. Os tumores dos olhos são raros, geralmente malignos e indolores.


Melanoma maligno do olho
Este tumor assemelha-se a um tipo de cancro da pele. Verifica-se sobretudo na coroideia (a camada de vasos sanguíneos situada sobre a retina) ou no corpo ciliar (extensão anterior da coroideia). Por vezes cresce na íris. Apenas um olho é atingido. Mais de metade dos casos são descobertos durante um exame de rotina por um oftalmologista. Os outros são descobertos por o doente se queixar de perda gradual de visão no olho afectado. O médico efectua um diagnóstico angiográfico, que mostra a natureza do tumor. O tratamento habitual nos adultos jovens é a remoção do olho atingido, de modo a evitar-se a disseminação do tumor a outras partes do corpo. Nas pessoas idosas, em que o tumor cresce muito devagar e não acarreta perdas de visão, é habitualmente considerado melhor não mexer no olho; se, contudo, forem observados sinais de crescimento, é aconselhável retirar o olho.

Tumores secundários do olho
No caso de alguns cancros, há disseminação (metastização) de tumores secundários por via sanguínea ou linfática, a partir, por exemplo, de um tumor primitivo da mama ou do pulmão, que não afectam outras partes do corpo. Os tumores secundários do olho aparecem durante os estádios avançados desses tumores primitivos quando se verificam por detrás do olho, provocam a sua procidência. O efeito na visão varia com a sua posição no globo ocular e com o seu ritmo de crescimento.

Retinoblastoma
Tumor maligno da retina que aparece num ou em ambos os olhos, habitualmente nas crianças com menos de cinco anos. O doente não se queixa de quaisquer sintomas. Se a visão central de um só olho é atingida, a criança pode arranjar um estrabismo; é por este motivo que todos os estrabismos devem ser observados por um oftalmologista. O estrabismo verifica-se quando a coordenação está ausente: um olho olha para o objecto que se quer observar, enquanto o outro olha para qualquer outro lado.
Se o tumor não for descoberto no inicio do seu crescimento, pode tornar-se visível através da pupila como uma zona branca no interior do olho. Esta doença é muitas vezes hereditária. Se sabe de casos desta doença na sua família, é aconselhável consultar o médico antes de vir a ter filhos e, no caso de já os ter, torna-se imprescindível que fale na história de retinoblastoma familiar ao médico, para que a criança seja observada regularmente. Quando o tumor é detectado na sua fase inicial, a radioterapia mostra-se muito eficaz. Contudo, com o tumor em estádio já avançado, é preciso retirar o olho para evitar a disseminação de tumores secundários no resto do corpo, o que põem em perigo a vida da criança.

Escrito e editado para o blog por Eunice Tomé

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

6ª Curiosidade do Sistema Humano...

Cirurgia Cerebral

A cirurgia no cérebro é um campo especializado da neurociência no qual são executadas operações no cérebro ou nas meninges através de uma abertura feita no crânio (craniotomia) ou, mais raramente, através do nariz e da cavidade nasal.

Aplicações da Cirurgia Cerebral
A cirurgia pode ser usada para tratar vários problemas. Estes incluem tumores no cérebro ou nas meninges; pressão acrescida dentro do crânio devido a uma hemorragia, hematoma ou hidrocefalia; lesão cerebral traumática, por exemplo devido a uma lesão na cabeça; anomalias nos vasos sanguíneos, como aneurismas, e abcessos cerebrais. Menos frequentemente, a cirurgia pode ser usada para tratar casos graves de epilepsia que não tenham reagido à medicação e para obter amostras de biopsia. Uma forma altamente experimental de cirurgia cerebral conhecida por estimulação cerebral profunda, que envolve a colocação de eléctrodos dentro do cérebro, tem sido usada para tratar pacientes com perturbações de movimento como a doença de Parkinson e síndrome de Tourette.

Cirurgia Cerebral Estereotáctica
A um paciente prestes a ser submetida a uma estimulação cerebral profunda é primeiro fixo um caixilho ao couro cabeludo.  O caixilho ajuda o cirurgião a navegar para o local preciso do cérebro onde os eléctrodos devem ser implantados.


Cirurgia Transnasal
Um procedimento minimamente invasivo, a cirurgia transnasal envolve a inserção de um endoscópio (tubo de visualização) no nariz para aceder à base do cérebro. O endoscópio permite ao cirurgião ver o sítio da operação e podem ser passados instrumentos ao longo deste para realizar procedimentos cirúrgicos. A principal aplicação deste tipo de cirurgia cerebral é a remoção de tumores da glândula pituitária ou das meninges na base do cérebro. Não deixa cicatriz externa, normalmente requer apenas um breve internamento no hospital e tende a causar menos dor subsequente do que a cirurgia tradicional.


Escrito e editado para o blog por Mark Simões