sexta-feira, 6 de maio de 2011

Óleo à base de cannabis ajuda tratamento de cancro de menino nos EUA

"Um menino que sofria de um grave tumor teve a ajuda de um óleo à base de cannabis no seu tratamento nos EUA, avança o Portal Terra.
Cash Hyde nasceu em Montana e, ao completar dois anos, foi diagnosticado com um caso grave de cancro no cérebro. O menino precisou de passar por um tratamento de quimioterapia para reduzir o crescimento do tumor e foi nessa fase que o derivado da cannabis foi usado. As informações são do Daily Mail.
A quimioterapia geralmente apresenta efeitos colaterais. Em Cash, eles foram drásticos: o menino teve convulsões e uma infecção no sangue. Devido aos efeitos, a criança não conseguia levantar a cabeça, chegando a ficar por 40 dias sem ingerir nenhum alimento sólido.
Ao ver o filho entre a vida e morte, Hyde resolveu incluir um óleo à base de cannabis no cocktail de medicamentos que Cash tomava todos os dias. Os médicos foram contra a prática, mas Cash dava o produto ao filho secretamente através do tudo de alimentação. Hoje, o menino já foi declarado livre da doença pelos médicos.
O pai do menino acredita que a cannabis tenha aliviado as dores causadas pela quimioterapia. Alguns estados norte-americanos permitem o uso medicinal da cannabis. O governo federal não reconhece a legalidade do uso da droga e frequentemente questiona os Estados."


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cinco mil já assinaram petição pela legalização da cannabis

Mais de cinco mil pessoas já assinaram uma petição a apresentar ao próximo Parlamento para legalização do consumo de cannabis e seus derivados, disse hoje fonte do movimento Marcha Global da Marijuana (MGM).
A recolha de assinaturas, que decorre desde Maio de 2010 e que deveria fechar na sexta-feira, vai agora prolongar-se “sensivelmente” até ao Outono, tendo em conta a demissão do governo e consequente dissolução do Parlamento, disse à Lusa Carla Fernandes, do movimento promotor da iniciativa.

O movimento MGM tem expressão em pelo menos 200 cidades mundiais, incluindo Lisboa e Porto, onde realiza todos os anos (primeiro sábado de Maio) marchas contra a proibição do cânhamo/cannabis.

Os autores do texto da petição ironizam que a medida até contribuiria “para acabar com o défice”, uma vez que preconizam que a cannabis vendida legalmente seja taxada com um imposto similar ao do tabaco.

Essa receita fiscal, sugerem, poderia ser usada, por exemplo, em “políticas de prevenção do consumo de drogas duras, recuperação de toxicodependentes ou campanhas de informação”.

A legalização permitiria, por outro lado, cessar os lucros do tráfico, refere o texto da petição, facultado à agência Lusa.

O documento assinala que “o proibicionismo é tão ineficaz quanto pernicioso”, já que em qualquer país onde a cannabis seja proibida “continua a ser possível adquiri-la sem dificuldades” e as redes de narcotráfico “enriquecem com a proibição”, reinvestindo os lucros em “actividades criminosas”.

Ainda segundo o texto da petição, a proibição deixa o consumidor “exposto a riscos e outros tipos de drogas” e as substâncias comercializadas ilegalmente na rua “são frequentemente adulteradas, sendo um risco para a saúde pública”.

Ao comentar esta iniciativa, em Dezembro de 2010, o presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT). João Goulão, rejeitou a legalização da cannabis, dizendo ser “adequado” o quadro legal actual, que descriminaliza o consumo de todo o tipo de drogas, penalizando-o apenas em sede contra-ordenacional.

Os promotores contrapõem que um estudo realizado em Portugal por um polaco concluiu que "existe uma grande discrepância entre o que é dito em papel e o que existe na rua”.
Escrito e editado para o blog por Mark Simões

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vídeo: cirurgia robótica é eficaz para remover cancro da garganta de difícil acesso

  
«Cirurgiões da Mayo Clinic, nos EUA, descobriram que a cirurgia robótica pode ser a nova opção de tratamento para o cancro da garganta de difícil acesso, avança o portal ISaúde.
O tratamento cirúrgico, já utilizado para tratar cancro de cabeça e pescoço, permitiu que doentes com tumores na garganta evitassem outros tratamentos com quimioterapia ou radioterapia e continuassem a comer e a falar normalmente.
O estudo sobre a cirurgia robótica transoral (TORS) seguiu nove doentes por até três anos após a remoção do carcinoma espinocelular supraglótico, que afecta a área da laringe acima das cordas vocais.
A maioria dos doentes tinha a doença em estágio avançado. Resultados mostraram que TORS efectivamente remove o cancro de forma menos invasiva e é mais fácil de ser realizado do que a abordagem de microcirurgia transoral à laser através de um laringoscópio.
Os doentes também foram submetidos a remoção cirúrgica de linfonodos cervicais adjacentes na mesma operação.
"Ficamos satisfeitos com os resultados sobre o cancro", disse o investigador Kerry Olsen. "Também descobrimos que os pacientes tiveram problemas mínimos após a cirurgia, na maioria dos casos retomando alimentação, deglutição e fala normais".

Como funciona
Com TORS, os braços robóticos que entram pela boca incluem uma câmara fina, um braço com um bisturi ou laser e um braço com uma ferramenta de aperto para recolher e apreender tecido.
O cirurgião senta-se numa consola, controlando os instrumentos e visualizando o campo cirúrgico tridimensional em uma tela.
"A câmara aumenta a visibilidade", observou Olsen. "Também ganhamos a capacidade de manobrar e ver as ‘ esquinas’ em espaços apertados e acreditamos que vamos ser capaz de remover mais tumores na garganta do que com as abordagens tradicionais do passado".
A utilização da cirurgia robótica depende da arquitectura do cancro da garganta e pescoço do paciente, juntamente com o tipo e a extensão do tumor.
"O que sabemos desse estudo é que, para o cancro da laringe, temos uma outra ferramenta cirúrgica eficaz. Podemos ainda personalizar o tratamento do cancro para cada paciente e prestar cuidados individualizados", afirmou Olsen.»


terça-feira, 3 de maio de 2011

Crianças com leucemia e tumores do sistema nervoso central são mais de metade dos diagnósticos

A leucemia e os tumores do sistema nervoso central representam mais de metade dos cancros diagnosticados em crianças anualmente, uma “bomba” que cai no colo dos pais e com a qual a associação Acreditar os ajuda a lidar diariamente.

“Segundo a Confederação Internacional de Pais de Crianças com Cancro, a leucemia e os tumores do sistema nervoso central representam 65 por cento do total dos cancros nas crianças - 40 por cento as leucemias e 25 por cento o restante”, adiantou em declarações à Lusa a directora-geral da Acreditar - Associação de Pais e amigos de Crianças com Cancro.

Em Portugal, a sobrevivência ronda os 78 por cento nos casos de leucemia e os 69 por cento quando se trata de tumores do sistema nervoso central.

Todos os anos são diagnosticados cerca de 350 novos casos de cancro em crianças em Portugal. Todos os dias, a Acreditar ajuda pais e crianças a lidarem com a doença.

“O primeiro impacto é como se fosse uma bomba atómica que caísse em cima da cabeça dos pais. Depois demora o seu tempo até que as pessoas comecem a aperceber-se desta realidade, que é dura, mas que tem soluções, há cura”, referiu Margarida Cruz.

A Acreditar faz a “recepção” de todos os pais novos que entram em oncologia pediátrica nos diversos hospitais do país.

“O primeiro contacto é feito por pais que já passaram por esta situação, que têm os seus filhos bem, curados. Porque é dar uma perspectiva de quem já vivenciou e de que é possível ultrapassar”, disse, acrescentando que passar “a mensagem de alguém que esteve na mesma situação é uma forma muito útil de passar alguma confiança aos pais”.

Durante o tratamento da doença, os pais oscilam entre dias com “muita esperança, quando tudo corre bem, e de muito desespero, quando algo corre mal no meio do tratamento”.

“Há muita oscilação, muita preocupação e muita angústia nos pais”, conta, lembrando que as crianças “sofrem com o impacto imediato, a dor física que estão a sentir por causa do tratamento ou a alteração da sua vida, por terem de sair do meio familiar”.

Além disso, as alterações emocionais dos pais “têm um enorme reflexo nas crianças pequenas”.

A Acreditar tenta “reforçar os pais do ponto de vista emocional de forma a que eles consigam aparentar para os filhos tranquilidade”.

“Quando sentimos que estão numa fase em que estão tão frágeis que não conseguem, nós levamos os miúdos a dar uma volta para que o pai e a mãe possam chorar. Porque às vezes é preciso. E para quando a criança volte a estar com eles, os pais possam voltar a estar com uma cara mais tranquila, mais sorridente”, referiu Margarida Cruz.

Hoje assinala-se o Dia Internacional da Criança com Cancro. A Acreditar aproveita a data para lançar o concurso Desenha-me um Sorriso, destinado a crianças entre os seis e dos doze anos.

O desenho vencedor será capa da agenda para 2012 da Acreditar e os dez melhores serão transformados em selos que os CTT irão emitir.


Escrito e editado para o blog por Mark Simões