Cancro poderá matar 17 milhões por ano em 2030
Cerca de 17 milhões de pessoas poderão morrer anualmente de cancro em todo o mundo em 2030, segundo estimativas divulgadas por uma agência associada à ONU que apela à comunidade internacional para que actue na prevenção.As estimativas resultam de um estudo efectuado por peritos e cientistas da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (IARC – sigla em inglês), uma entidade associada à Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2030, segundo o estudo, deverá haver 27 milhões de novos casos de cancro diagnosticados em todo o mundo, acrescendo assim o número de pessoas doentes para 75 milhões, com 17 milhões de mortes anuais. Estes dados contrastam com os números avançados em 2000, em que se estimava que existiriam quase 11 milhões de novos casos anuais, 25 milhões de pessoas a viverem com esta efemeridade e sete milhões a falecerem anualmente devido ao cancro."Uma grande proporção de casos de cancro pode prevenir-se com tratamento adequado, pelo que o objectivo do nosso estudo é criar consciencialização sobre esta problemática e a necessidade da comunidade internacional actuar para que haja acesso a terapias e vacinas preventivas", indicou Peter Boyle, director da IARC.Na opinião de Boyle, o aumento do número de casos de cancro em todo o mundo será determinado pelo contínuo crescimento da população e por uma maior longevidade."Outras mudanças relativamente ao passado é que o cancro era uma doença que afectava os países de altos recursos, agora a situação mudou e o cancro afecta maioritariamente países de rendimentos médios ou baixos", referiu. Aparte do crescimento e envelhecimento da população, os peritos da IARC consideram que a propagação do cancro nos países em desenvolvimento se deve à exportação de factores de risco, como o consumo de tabaco. Segundo o dossier, as mortes devido a cancro são mais elevadas do que as provocadas pela tuberculose, malária e sida em conjunto e as formas em que se manifesta a doença é diferente dos países ricos para os pobres. Enquanto nas nações industrializadas prevalece o cancro de pulmão, mama, próstata e cólon, nos países de baixo e médio rendimento predominam os cancros de estômago, fígado e útero, com o de mama a aumentar.
"Actualmente, o cancro da mama é a primeira ou segunda causa de morte em todas as regiões do mundo", indicou Boyle. Da mesma forma, declarou que os modelos estão a mudar rapidamente, com aumento dos casos de cancro de cólon e pulmão em zonas onde não era comum.
Escrito e editado para o blog por Mark Simões
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