Os tumores são crescimentos anormais de tecidos. São quer malignos – os quais habitualmente se disseminam – ou benignos – ficando localizados. Os tumores dos olhos são raros, geralmente malignos e indolores.
Melanoma maligno do olho
Este tumor assemelha-se a um tipo de cancro da pele. Verifica-se sobretudo na coroideia (a camada de vasos sanguíneos situada sobre a retina) ou no corpo ciliar (extensão anterior da coroideia). Por vezes cresce na íris. Apenas um olho é atingido. Mais de metade dos casos são descobertos durante um exame de rotina por um oftalmologista. Os outros são descobertos por o doente se queixar de perda gradual de visão no olho afectado. O médico efectua um diagnóstico angiográfico, que mostra a natureza do tumor. O tratamento habitual nos adultos jovens é a remoção do olho atingido, de modo a evitar-se a disseminação do tumor a outras partes do corpo. Nas pessoas idosas, em que o tumor cresce muito devagar e não acarreta perdas de visão, é habitualmente considerado melhor não mexer no olho; se, contudo, forem observados sinais de crescimento, é aconselhável retirar o olho.
Tumores secundários do olho
No caso de alguns cancros, há disseminação (metastização) de tumores secundários por via sanguínea ou linfática, a partir, por exemplo, de um tumor primitivo da mama ou do pulmão, que não afectam outras partes do corpo. Os tumores secundários do olho aparecem durante os estádios avançados desses tumores primitivos quando se verificam por detrás do olho, provocam a sua procidência. O efeito na visão varia com a sua posição no globo ocular e com o seu ritmo de crescimento.
Retinoblastoma
Tumor maligno da retina que aparece num ou em ambos os olhos, habitualmente nas crianças com menos de cinco anos. O doente não se queixa de quaisquer sintomas. Se a visão central de um só olho é atingida, a criança pode arranjar um estrabismo; é por este motivo que todos os estrabismos devem ser observados por um oftalmologista. O estrabismo verifica-se quando a coordenação está ausente: um olho olha para o objecto que se quer observar, enquanto o outro olha para qualquer outro lado.
Se o tumor não for descoberto no inicio do seu crescimento, pode tornar-se visível através da pupila como uma zona branca no interior do olho. Esta doença é muitas vezes hereditária. Se sabe de casos desta doença na sua família, é aconselhável consultar o médico antes de vir a ter filhos e, no caso de já os ter, torna-se imprescindível que fale na história de retinoblastoma familiar ao médico, para que a criança seja observada regularmente. Quando o tumor é detectado na sua fase inicial, a radioterapia mostra-se muito eficaz. Contudo, com o tumor em estádio já avançado, é preciso retirar o olho para evitar a disseminação de tumores secundários no resto do corpo, o que põem em perigo a vida da criança.
Escrito e editado para o blog por Eunice Tomé
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