Quem corre mais risco de desenvolver cancro?
O risco de desenvolver cancro aumenta, em geral, com a idade. As pessoas mais velhas têm mais probabilidades de desenvolver a doença, em grande parte porque as suas células tiveram mais tempo para acumular danos genéticos, mas também porque o seu sistema imunitário não é tão eficiente na detecção e na destruição das células anormais. Alguns tumores demoram algum tempo a crescerem o suficiente para que possam ser diagnosticadas.
Cancro da mama
Este é o cancro que mais afecta as mulheres – quase uma em cada três de todos os cancros nas mulheres ocorrem na mama, A maioria dos casos de cancro da mama desenvolvem-se em mulheres com mais de 50 anos. Aos 30 anos, a probabilidade de uma mulher desenvolver cancro da mama é de cerca de uma em cada 1900, mas aos 50 anos a probabilidade aumenta para uma em cada 50, aumentando ainda para uma em cada 15 por altura dos 70 anos. As mulheres que têm um familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) a quem foi diagnosticado cancro da mama correm um risco acrescido de desenvolver a doença, assim como as mulheres que foram menstruadas antes dos 12 anos, as mulheres obesas ou com excesso de peso e aquelas que atingem a menopausa após os 55 anos.
As mulheres que engravidam pela primeira vez após os 35 anos e aquelas que nunca tiveram uma gravidez completa correm também, aparentemente, mais riscos de desenvolver cancro da mama. O uso prolongado da terapia hormonal de substituição (THS) pode aumentar o risco de a mulher desenvolver cancro da mama.
Cancro da próstata
As causas do cancro da próstata não são bem conhecidas. Muitos estudos mostram que alguns factores podem aumentar o risco de ocorrência da doença. A idade é o factor de risco mais importante: o cancro da próstata não é normalmente diagnosticada a homens com menos de 50 anos, e metade dos casos ocorre em homens com 75 anos ou mais. Uma história familiar da doença também aumenta o risco. Cerca de 73 em cada 1000 homens desenvolvem cancro da próstata. A associação Portuguesa de Urologia estima que o cancro da próstata atinja 3,2% da população masculina portuguesa, cerca de 130 mil homens com mais de 50 anos de idade. Este nível de risco reporta-se a toda a vida – quanto mais velho for, maior é o risco.
O cancro do intestino mata oito pessoas por dia em Portugal. A taxa de mortalidade por cancro colorrectal (cancro do cólon ou recto) aumentou nos últimos anos 80%. Excluindo o cancro do pulmão, o cancro colorrectal é a primeira causa de morte por cancro em Portugal, com igual incidência em homens e mulheres. Parece existir uma componente genética, mas a relação é complexa. Cerca de 25% das pessoas com cancro colorrectal têm uma história familiar de cancro.
As células cancerígenas multiplicam-se muito rapidamente As células cancerígenas dividem-se para formar duas celas que contêm material genético danificado.
Formas de reduzir os riscos
Se tem uma história familiar de cancro, é importante que adapte o seu estilo de vida de modo a diminuir o seu risco de ter cancro.
O seu peso e o exercício físico
Mantenha um peso estável e ideal para a sua altura. Se tem peso a mais, faça exercício e reduza a ingestão d calorias. O exercício regular está associado a uma redução dos riscos de ocorrência de cancro da próstata, da mama e cancro colorrectal.
Fumar
Deixar de fumar é muito importante. Um estudo recente que avaliou 3000 fumadores com 40 anos ou mais, mostrou que as fumadoras têm duas vezes mais probabilidades de desenvolver cancro dos pulmões do que os fumadores. O risco de cancro também aumenta com a idade e com a quantidade de tabaco que fuma.
Álcool
É importante limitar ou evitar o consumo de álcool – muitos estudos demonstraram que o consumo de álcool aumenta o risco de alguns cancros, tais como o cancro da mama e do cólon. Deve-se limitar a ingestão diária de álcool a não mais do que três a quatro unidade para os homens, e não mais de duas a três unidade para as mulheres.
Limite os radicais livres
Fumar, não lavar os frutos e os legumes (para retirar nitratos e fertilizantes prejudiciais) e outros venenos ambientais podem promover a produção de radicais livres no corpo. Os radicais livres podem causar envelhecimento, cancro e doenças cardiovasculares.
Estudos recentes demonstram que por cada ano que uma mulher amamenta, oi seu risco de ocorrência de cancro da mama desce ate aos 4%, para além da redução de 7% por cada filho que tenha tido. Este facto pode dever-se ao facto de a amamentação despoletar uma mudança hormonal no corpo da mulher, que pode tornar as suas células mais resistentes aos agentes cancerígenos.
Lave sempre a fruta e os legumes Ajudará a reduzir o risco de ingestão de nitratos e de fertilizantes, que podem conter radicais livres.
Adaptado para o blog por Mark Simões
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